segunda-feira, 7 de junho de 2010

Antes: A Caverna (José Saramago)


Saramago por algum motivo me lembra meu avô, pegar um livro dele me dá vontade de sair correndo para casa do vovô e pedir: Vô, me fala de novo sobre como nossa família veio parar aqui...
Vovô Manel, cheio de história, sempre com um conto novo ou velho que faz a gente rir, chorar, ou calar bem pensativo. Meu avô sempre me incentivou a ler, mesmo que indiretamente, sua casa sempre foi cheia de livros, meu pai sempre comentava sobre os livros que ele lia na infância, e também me lembro das inúmeras histórias em quadrinho que ele nos presenteava. Ir para casa do vovô já me traz esse gosto de narrativa, a sua capacidade impressionante de relatar as histórias de nossa árvore genealógica, não somente com a boca, mas com o coração. Um tempo desses ele teve uma complicação na saúde e quando eu soube de sua internação senti todo meu corpo apertar numa saudade prematura, orei a Deus em quase um gemido inexprimível: Pai, não leva ele não, ainda tenho tanta história pra ouvir...
Ele melhorou, continua com sua mente linda e lúcida cheia de aventuras e feitos de mundos e poesias que sempre me fazem pensar, é... assim como Saramago...

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