tag:blogger.com,1999:blog-60606925773084402902024-02-07T16:47:53.351-08:00todo dia é dia de livro(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-41517022653981429032010-07-06T08:41:00.000-07:002010-07-06T08:56:48.344-07:00Durante2: A Caverna (José Saramago)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTVCmZb9ZjOJEJiZmNPre_-8ZylaEb3fZcn9zm-X8vIyLsuh1X9vg7iaQItoQO6MfwShufFJjS25BQnHP5TgXClBHjg-YGmFGVaFXqG6ccMB6EFtvutaRzKoaGI2O72hqL-TWzXOAwytB8/s1600/briga_casal.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTVCmZb9ZjOJEJiZmNPre_-8ZylaEb3fZcn9zm-X8vIyLsuh1X9vg7iaQItoQO6MfwShufFJjS25BQnHP5TgXClBHjg-YGmFGVaFXqG6ccMB6EFtvutaRzKoaGI2O72hqL-TWzXOAwytB8/s200/briga_casal.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5490821799884999698" /></a> Crescemos com a idéia fixa de que conflitos são prejudiciais, temos medo de discussões, não gostamos de brigas, e se por algum acaso nos encontramos em um... procuramos nos defender com todas as armas que coletamos durante nossa vida: palavras depreciativas que vão machucar o outro, uma porção de coisas do passado que decoramos para despejar em cima do outro nessa ocasião, mais algumas frases-prontas defensivas e a altura elevada da voz para...se nada der certo, ganharmos no grito. <br />Uma vez li uma pequena crônica que falava sobre essa tendência de gritarmos uns com os outros para sermos entendidos, ele falava que enquanto estávamos berrando não era possível escutarmos o outro, por isso, é através do sussurro que falamos o que é realmente é verdade, que precisa e deve ser ouvido, como as declaraçoes de amor.<br />Conflitos são necessários e importantes, muita coisa boa pode vir de um conflito de opinião se de fato levarmos em consideração todos os pontos de vista e não simplesmente o que consideramos como verdade absoluta, que na maioria das vezes é apenas egoísmo. Quem disse que uma discussão deve ser um jogo de ganha-e-perde? Quem disse que discussão sempre serve pra machucar? Quem falou que conflitos são maléficos? Quando foi que desaprendemos a sussurrar?(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-73478814118827959822010-06-23T06:26:00.000-07:002010-06-23T06:28:33.390-07:00Durante1: A Caverna (José Saramago)Acho interessante o relacionamento que os livros, televisão e cinema têm com os cachorros. Não que seja regra, mas a grande maioria das vezes os cachorrinhos sempre são protagonistas cativantes, tão amistosos e simpáticos ganham um vale para a redenção no fim da história.<br />Dos cachorros-personagens que me vêm à mente:<br /><br />1. Marley (filme e livro Marley& Eu)<br />2. Vincent (série Lost)<br />3. Dama e o Vagabundo (clássico da Disney)<br />4. Baleia (Vidas Secas, de Guimaraes Rosa)<br />5. Beasley (a baba dele parecia ultrapassar a tela da televisão - de Uma Dupla quase perfeita, filme com Tom Hanks)<br />6. Frank - o pug de MIB (Homens de Preto)<br />7. O cachorrinho de Melhor é Impossivel que teve o prazer de contracenar com Jack Nicholson)<br />8. Achado (A Caverna- Saramago)<br />9. Scooby-doo<br />10. Dos Quadrinhos: Milu (Tintim), Ideiafix (Asterix) e Ruffero (Groo) e Rantanplan ( Lucky Luke)(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-36512138770116309292010-06-07T07:10:00.000-07:002010-06-07T07:29:50.897-07:00Antes: A Caverna (José Saramago)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJJfu5vnbzEPSJ-RH1YmV-LjlzIdg0e7oUxEqzGjdG6ulIRcoVS147o-I9YIyKVdmyz5PPF-YRV2QVsa9GftJEcNknPR6cNvQ9ik9IufGIR2WluRBcUOPqaP_XHUKG92vsyusHpcAtxP5L/s1600/a-cav.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 144px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJJfu5vnbzEPSJ-RH1YmV-LjlzIdg0e7oUxEqzGjdG6ulIRcoVS147o-I9YIyKVdmyz5PPF-YRV2QVsa9GftJEcNknPR6cNvQ9ik9IufGIR2WluRBcUOPqaP_XHUKG92vsyusHpcAtxP5L/s200/a-cav.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480038309601537378" /></a><br />Saramago por algum motivo me lembra meu avô, pegar um livro dele me dá vontade de sair correndo para casa do vovô e pedir: Vô, me fala de novo sobre como nossa família veio parar aqui...<br />Vovô Manel, cheio de história, sempre com um conto novo ou velho que faz a gente rir, chorar, ou calar bem pensativo. Meu avô sempre me incentivou a ler, mesmo que indiretamente, sua casa sempre foi cheia de livros, meu pai sempre comentava sobre os livros que ele lia na infância, e também me lembro das inúmeras histórias em quadrinho que ele nos presenteava. Ir para casa do vovô já me traz esse gosto de narrativa, a sua capacidade impressionante de relatar as histórias de nossa árvore genealógica, não somente com a boca, mas com o coração. Um tempo desses ele teve uma complicação na saúde e quando eu soube de sua internação senti todo meu corpo apertar numa saudade prematura, orei a Deus em quase um gemido inexprimível: Pai, não leva ele não, ainda tenho tanta história pra ouvir...<br />Ele melhorou, continua com sua mente linda e lúcida cheia de aventuras e feitos de mundos e poesias que sempre me fazem pensar, é... assim como Saramago...(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-14805740028353371162010-06-01T07:03:00.000-07:002010-06-01T07:30:47.578-07:00Depois: Memórias de minhas putas tristes (Gabriel Garcia Marquez)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDhOPckZrswjbls6z4QqEXIAmm53HCFMxDoBtxuSaHs9VmQblGlVU5M_hLp-oOGSYVVQ6IYSQAEuTD8GdU_ZVz0ggxJ3xVARryf2p4V-RX_cQ-TrERvMzOTKKAL9zJSoXwBRsAzDF9TgAQ/s1600/ist2_5301633-time.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 123px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDhOPckZrswjbls6z4QqEXIAmm53HCFMxDoBtxuSaHs9VmQblGlVU5M_hLp-oOGSYVVQ6IYSQAEuTD8GdU_ZVz0ggxJ3xVARryf2p4V-RX_cQ-TrERvMzOTKKAL9zJSoXwBRsAzDF9TgAQ/s200/ist2_5301633-time.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477811409281180994" /></a><br />No último capítulo, no ponto final da última página é impossível não refletir sobre o tempo,não tentar reencontrar as antigas listas de coisas-que-quero-fazer-antes-de-morrer, não revisitar a agenda telefônica dos amigos que marcaram e marcam a existência, é totalmente impossível não calar na vontade de reviver a casa antiga da infância, de procurar cicatrizes e marcas no corpo e rir sozinha de suas histórias. No depois que fecho o invólucro branco de Garcia Marquez... paro na frente do espelho: a gente, que ta de dentro não percebe o quanto envelheceu quem ta de fora vê melhor – a voz do meu pai fala em algum canto da memória. Olho pro lado: a estante de livros (extensão da minha própria pele) e vejo Drummond co-participante da minha dor, dor-do-mundo, rindo baixinho a inevitabilidade da vida: <br /><br />Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu.<br />Bati segunda vez e mais outra e mais outra.<br />Resposta nenhuma.<br />A casa do tempo perdido está coberta de hera<br />pela metade; a outra metade são cinzas.<br />Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando<br />pela dor de chamar e não ser escutado.<br />Simplesmente bater. O eco devolve<br />minha ânsia de entreabrir esses paços gelados.<br />A noite e o dia se confundem no esperar,<br />no bater e bater.<br /><br />O tempo perdido certamente não existe.<br />É o casarão vazio e condenado. <br /><br />(casa do tempo perdido, de Carlos Drummond de Andrade)(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-11369948657295954252010-05-24T06:43:00.000-07:002010-05-24T06:52:02.385-07:00Durante3: Memórias de minhas putas tristes (Gabriel Garcia Marquez)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwqWE9bRNdgysNcVflnGiftjByRPZwxpq6XZSfrPvqnH44JUjhiDalD41peGkGZ2Zx_VbP_7DDoQJMGiyEpb44_QFhqJQ0mJjCVMBWw4qiWsFM4KMmz-Nr2PIVZQm-4SACFj9yfgrWxcK1/s1600/bigedithpiaf_jpg.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 166px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwqWE9bRNdgysNcVflnGiftjByRPZwxpq6XZSfrPvqnH44JUjhiDalD41peGkGZ2Zx_VbP_7DDoQJMGiyEpb44_QFhqJQ0mJjCVMBWw4qiWsFM4KMmz-Nr2PIVZQm-4SACFj9yfgrWxcK1/s200/bigedithpiaf_jpg.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5474833847675370722" /></a><br />Ao mesmo tempo que leio o amor transformando a vida de um jornalista que aparentemente não tem mais idade para mudar nada, ouço, involuntariamente os berros desaforados da família vizinha a minha casa. Tendo a desacreditar das maravilhas do amor, vendo que talvez a rotina aniquile lentamente a espontaneidade dos relacionamentos. Nesse momento, o que acredito ser o filho (só os conheço pela voz) grita que para mãe que ela é uma burra, a filha ofendida por sua mãe ou por talvez acreditar que o xingamento engloba também a sua existência, responde uma porção de impropérios...a mãe, que nunca ouvi falar mansamente, continua, sem se perder no meio dos gritos dos filhos, a sua cantilena estridente, ouço então alguém ligar o motor de um carro, e uma voz mais grave (possivelmente o pai) grita que todos estão errados e que ele está atrasado demais pra ter que lidar com aquilo. Nesse ponto, já quase não conseguindo mais me concentrar no livro, ouço uma risada conhecida no quarto ao lado, e percebo que meus pais conversam sobre algo trivial...<br /> Respiro fundo.<br /> Ligo Piaf bem alto para abafar os sons externos.<br /> O amor é possível apesar de.(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-87315792676642771782010-05-11T07:17:00.000-07:002010-05-11T07:23:22.669-07:00Durante2: Memórias de minhas putas tristes (Gabriel Garcia Marquez)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLFnxQxxImeYGWmh1ihwf5itGAzsDaaG1fsutlKW4qtS0hbF1WDwB9otyFIF7O7pvG_SIDUAQAizyDwKsuMgJ99o-p50hDSqIMfX0NYf-ITKYTc3XnuyXIHNEMSoC-SP4wFM8aTzud9gib/s1600/118_venus_ver2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLFnxQxxImeYGWmh1ihwf5itGAzsDaaG1fsutlKW4qtS0hbF1WDwB9otyFIF7O7pvG_SIDUAQAizyDwKsuMgJ99o-p50hDSqIMfX0NYf-ITKYTc3XnuyXIHNEMSoC-SP4wFM8aTzud9gib/s320/118_venus_ver2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5470017001089965170" /></a><br />Por coincidência, ou não, revi um filme europeu que trata da vida de dois velhos, Maurice e Ian que em tempos áureos eram atores, contudo, nunca chegaram a ser estrelas conhecidas internacionalmente, mas a vida que levam como grandes amigos envoltos na rotina de passeios culturais, cafés no restaurante de sempre e discussões sobre os jornais é abalada pela chegada de uma jovem, sobrinha-neta de Ian. Apesar de sua falta de modos e desinteresse pela vida irritarem profundamente seu tio Ian, Maurice, pelo contrario apaixona-se por ela, e com paciência resolve mostrar a vida cheia de arte que envolve a sua própria à jovem apática: a apelida de Vênus, dedica a ela parágrafos inteiros de Shakespeare, e admira sua beleza quase intangível.<br /> <br />Vênus ou Delgadina, a beleza jovem que parece que não vai se corromper nunca, abalam as estruturas de alguém que vive a falência da vida. De alguma forma, a juventude sempre permanece intacta.<br /><br /><br />** filme: Venus no imdb:<a href="http://www.imdb.com/title/tt0489327/"> http://www.imdb.com/title/tt0489327/</a>(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-51913214264150155812010-05-07T07:00:00.000-07:002010-05-07T07:10:31.439-07:00Durante1: Memórias de minhas putas tristes (Gabriel Garcia Marquez)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBCEYbZadA-t6NorDuyj6EZWaUA33b1h-Z8TQ07aEZZ4yriIgcYtXD826VveNqxCTVfpj7LM2B99lAVjrVd9sUM267S7NhzcMAzxtcbwNnXKzu3da_pcOySdQy8knpJJ6YTfkKLyhKgH9f/s1600/Lascapigliata.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 154px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBCEYbZadA-t6NorDuyj6EZWaUA33b1h-Z8TQ07aEZZ4yriIgcYtXD826VveNqxCTVfpj7LM2B99lAVjrVd9sUM267S7NhzcMAzxtcbwNnXKzu3da_pcOySdQy8knpJJ6YTfkKLyhKgH9f/s200/Lascapigliata.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5468529319571441874" /></a><br />Lendo a descrição de algumas mulheres no livro..nao pude nao parar para pensar nas mulheres (fictícias mas tao reais) que de alguma forma me marcam, me incitam e me emocionam.<br /><br />Da feminilidade latente:<br /><br /> - A insignificância de Macabéa (Hora da estrela, Clarice Lispector)<br /> - A meninice de Capitu (Dom Casmurro, Machado de Assis)<br /> - A passionalidade de Medeia (mitologia grega)<br /> - A criatividade de Amèlie (Filme Frances: O fabuloso destino de Amelie Polain)<br /> -A inocência de Holly Goligtly (Bonequinha de luxo)<br /> - A sensualidade de Rita Baiana (o cortiço)<br /> -A curiosidade de Sofia (O mundo de Sofia)<br /> - A inconstância de Madalena ( Jogo da Amarelinha, Julio Cortazar) <br /> - A inquetude de Sierva Maria (Do Amor e outros demônios, Gabriel Garcia Marquez)<br /> - A inalcançabilidade de Beatriz (Dante)<br /> - A sagacidade de Sherazade (mil e uma noites)<br /> - A melancolia de Clarissa Dalloway (Virginia Wolf)<br /> -A imacubilidade de Dulcinéia (Dom Quixote)<br /> -A liberdade de Lucy (Beatles: Lucy in the Sky with diamonds ) <br /> - A impulsividade de Clementine (filme: Brilho Eterno de uma mente sem lembranças) <br /> - A amistosidade de Morte (quadrinhos de Neil Gaiman)(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6060692577308440290.post-36589500981356967612010-05-05T14:52:00.000-07:002010-05-13T13:21:02.713-07:00Antes: Memórias de minhas putas tristes (Gabriel Garcia Marquez)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEpPOI8VTTMzA27mx3XmFUp8tGRv1lTy0tiaKBV6DRiUOCJSTqkpYdJde-SaS6007cHOfyPliRnGIPn6XrBLJSbQ1QEidgXIYXEcliscHkEftrqkriLNoxZn6V3-d6ZNyrqw2ktv_1Zrwk/s1600/memorias-putas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 130px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEpPOI8VTTMzA27mx3XmFUp8tGRv1lTy0tiaKBV6DRiUOCJSTqkpYdJde-SaS6007cHOfyPliRnGIPn6XrBLJSbQ1QEidgXIYXEcliscHkEftrqkriLNoxZn6V3-d6ZNyrqw2ktv_1Zrwk/s200/memorias-putas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5467913717027330194" /></a><br /><br />Gabo foi o primeiro homem que me fez chorar. Foi o primeiro a me fazer sentir a dor aguda do amor e a pensar de fato sobre isto. Lembro como se fosse ontem, madrugada, sozinha no quarto, agarrada ao Amor e outros demônios, sentindo pela primeira vez o gosto de lágrima-romântica descendo pelo meu rosto.<br /> De lá para cá acredito que esse tipo de lágrima já se tornou amiga, e que as madrugadas já conhecem o nome de Gabriel.<br /> Na capa, me deparo com um senhor de idade, todo vestido de branco, caminhando inexoravelmente para o fundo branco. O excesso de brancura tão evidente (fundo, roupa, cabelo, pele) de alguma forma me faz lembrar o meu relacionamento com Gabriel. Posso relembrar facilmente diversos momentos conturbados de minha vida onde a certeza de que Gabo estaria ali, na madrugada, me confortou e conforta.<br /> Hoje em dia por onde passo encontro cachorro com estrelas na testa, cidades onde a chuva permanece por anos e anos e anos, pessoas que todos sabem que vão morrer ali na esquina, úrsulas e dilemas amorosos, mortalhas feitas e desfeitas, irmãos que matam pela honra da irmã, padres apaixonados...(marta silva)http://www.blogger.com/profile/13938699672674610040noreply@blogger.com4